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Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

Publicado em 29 de Agosto de 2022


       Entre os dias 21 e 28 de agosto é comemorada a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A semana é organizada pela Federação Nacional das APAES (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) e busca conscientizar a sociedade sobre os direitos da pessoa com deficiência, sobretudo na infância, considerada um dos marcos no desenvolvimento da pessoa.

       A concepção de Deficiência Intelectual e Múltipla foi sendo construída ao longo do tempo, atrelada a interesses econômicos, ideológicos, sociais, religiosos e políticos de cada período histórico. A evolução histórica e conceitual está demarcada pela atribuição de “incapacidade” e improdutividade.

        Historicamente, para o indivíduo com deficiência sobretudo mental foi delegado um lugar específico do diferente, sendo a diferença considerada um atributo do indivíduo, ou seja, como algo pertencente a ele. Com isso, as pessoas com deficiência mental foram, no decorrer dos anos, desacreditadas socialmente (SANTOS, 2007, p. 39).

         A forte influência da medicina e da psicologia, com diferentes terminologias para a designação da característica, contribuiu para reforçar estereótipos e preconceitos (PLETSCH, 2009).

        Atualmente, a Associação Americana de Deficiência Intelectual e de Desenvolvimento (AADID, 2010, p.1), considera que aluno com deficiência intelectual é aquele que possui incapacidade caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, nas habilidades práticas, sociais e conceituais, manifestando-se antes dos dezoito anos de idade.

         A terminologia de Deficiência Intelectual foi utilizada oficialmente em 1995, no Simpósio “Deficiência Intelectual: Programas, Políticas e Planejamento”, promovido pela Nações Unidas em Nova York, e a partir de 2004, após a publicação da “Declaração de Montreal sobre Deficiência Intelectual” pela Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde, é que a terminologia Deficiência Intelectual substituiu o termo deficiência mental.[1]

[1] As pessoas portadoras de deficiência múltipla são aquelas afetadas em duas ou mais áreas, caracterizando uma associação entre diferentes deficiências, com possibilidades bastante amplas de combinações. Um exemplo seriam as pessoas que têm deficiência mental e física. (FONTE: diaadiaeducação.com.br) 

        A escola como agente de formação e construção cidadã é o espaço em que deve acontecer a desmistificação dos preconceitos e da efetivação da inclusão. A aprendizagem acontece nas inter-relações entre a pessoa e a sociedade. A criança precisa conviver em grupo, ter auxilio dos adultos e de seus pares para que o conhecimento possa ocorrer também no convívio social. (VIGOTSKY, 1991).  As possibilidades de desenvolvimento do aluno precisam considerar não somente os aspectos biológicos, mas priorizar também a convivência social, com seus valores e sua cultura, fatores indispensáveis para o processo de desenvolvimento humano, que ocorre essencialmente por meio do processo de ensino e aprendizagem  (PLETSCH, 2009).

         As oportunidades de desenvolvimento dos alunos inclusos contam em grande parte com as possibilidades oferecidas pela escola. Buscando desenvolver as potencialidades dos alunos inclusos, o Colégio Imperatriz trabalha com a perspectiva da Educação Inclusiva, valorizando a mediação social, personalizando o trabalho com a realização do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), o enriquecimento curricular, a suplementação ou complementação, a flexibilização curricular e os atendimentos na Sala de Recursos Multifuncionais. Todos esses processos visam o desenvolvimento integral dos alunos.


REFERÊNCIAS:

 

ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE RETARDO MENTAL. Retardo mental: definição, classificação e sistemas de apoio. 10ª ed. Porto Alegre: ARTMED, 2006.

 

PLETSCH, M. D. Repensando a inclusão escolar de pessoas com deficiência mental:

Diretrizes políticas, currículos e práticas pedagógicas. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade do Estado do RJ – Faculdades de Educação, março de 2009.

<http:www.eduinclusivapesq-uerj.pro.br/teses/pdf/pletsch_tese.pdf>. Acesso em: 2022

 

SANTOS, C. A. de O. Deficiência Mental: uma possibilidade de compreensão dos saberes de professores do ensino regular. Dissertação (Mestrado em educação) – Universidade Federal de Uberlândia. http:www.eduinclusivapesq-uerj.pro.br/teses/pdf/pletsch_tese.pdfândia. Acessado em: 2022.

 

VIGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. Psicologia e Pedagogia. São Paulo: Martins Fontes, 1991. 



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